O Cerrado apresenta uma grande biodiversidade vegetal que vem sendo degradada por meio das atividades antrópicas, apesar do potencial de uso que a grande maioria das espécies apresenta. Entre essas espécies, encontram-se as da família Myrtaceaeque apresentam potencial alimentar,em função dos frutos comestíveis, e relevância ecológica, possuindo capacidade de reconstituir áreas degradadas por meio da dispersão de suas sementes, contribuindo assim na atração da avifauna e outros animais. A família é de difícil taxonomia, justificando a necessidade de estudos taxonômicos e morfoanatômicos que possam auxiliar na distinção de espécies. Destaca-se na família, Eugenia, cujas espécies também possuem utilidade alimentícia, além de possuírem propriedades medicinais.O objetivo deste trabalho foi contribuir com informações sobre a morfoanatomia foliar de Eugenia gemmifloraO. Berg. As amostras foram coletadas na Base Aérea de Anápolis, GO, Brasil, sendo feitas exsicatas que estão depositadas no HUEG. Realizou-se os procedimentos para a análise morfoanatômica da folha, por meio de secções da epiderme, internervura, nervura mediana, bordo e pecíolo. As características morfoanatômicas relevantes para o reconhecimento de Eugenia gemmifloraO. Berg são a epiderme com paredes anticlinais espessas eretas nas superfícies adaxial e abaxial, presença de estômatosanomocíticos e paracíticossomente na superfície abaxial, presença de hipoderme, variando de duas a três camadas, parênquima paliçádico organizado em uma única camada celular, presença de cristais do tipo drusas em formato de losango, presença de cavidades secretoras de óleos essenciais e feixe vascular do tipo bicolateral. Essas características seguem os padrões já descritos para outras Myrtaceae estudadas, mas a presença de hipoderme pode ser considerada uma característica diagnóstica.
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