As relações entre variáveis ecológicas em grandes grupos taxonômicos distribuídos no tempo e no espaço têm sido analisadas por abordagens macroecológicas. Correlações positivas entre tamanho corporal e tempo de existência das linhagens são observadas em vários grupos viventes e fósseis, dentre eles os dinossauros. O trabalho teve como objetivo analisar relações macroecológicas a partir de conjuntos de dados paleontológicos, associadas com a variação morfométrica de espécies de dinossauros com ampla distribuição temporal variando do Mesozóico ao Cretáceo, a fim de detectar o padrão apresentado pela Regra de Cope. Esta pode ser explicada pelo aumento corporal das linhagens ao longo do registro temporal no período geológico. Foram coletados dados morfológicos de tamanho, estimados pelo peso (g) e pelo comprimento (m) para 53 gêneros de Saurísquios e Ornitísquios. Sendo analisados, também, dados de extensão temporal, tempo médio de existência e registro inicial no tempo geológico. Não foi observada uma tendência de aumento do corpo entre as linhagens de dinossauros onde a variação morfológica do tamanho não pode ser explicadas pela variação temporal da linhagem. Essa não corroboração da Regra de Cope para os dados observados nesse trabalho não significam, entretanto, que um n maior e análises dentro e entre as linhagens Saurischia e Ornithischia não possam revelar um padrão semelhante àquele observado para outros conjuntos de dados.
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