Diversidade é um termo utilizado para definir diferentes situações ecológicas. A diversidade biológica pode ser particionada em gama que é a diversidade total de uma região, alfa que é a diversidade local e beta como a diferença na composição entre as comunidades em uma escala espacial ou temporal. Nesse contexto, o objetivo deste estudo é verificar a importância da diversidade alfa e beta para a diversidade dos macroinvertebrados aquáticos em lagoas de inundação. O estudo foi realizado em 10 lagoas localizadas em uma RESEX na planície de inundação do rio Araguaia, Aruanã, Goiás. Em cada lagoa foram coletadas cinco amostras de sedimentos utilizando redes de mão, em três campanhas. Para a descrição da estrutura e composição das comunidades foram avaliadas a abundância, riqueza e diversidade pelo índice de Chao, utilizando o programa Past. Já para a determinação da diversidade alfa e beta em cada nível, foi utilizada uma partição aditiva que expressa a diversidade total e as contribuições aditivas de cada nível, utilizando o programa PARTITION. Foram amostrados 16.562 macroinvertebrados aquáticos, distribuídos em 15 ordens e 56 famílias. A família Chironomidae foi o táxon mais abundante com 5.160 indivíduos. A abundância, riqueza taxonômica e diversidade variaram pouco entre os períodos, provavelmente devido à proximidade entre as campanhas ou pela elevada variação da composição dentro de cada campanha. Neste trabalho, o inventário da fauna de invertebrados bentônicos em 10 lagoas possibilitou observar uma elevada diversidade principalmente de insetos aquáticos, o que é uma oportunidade interessante de estudar os processos que determinam a diversidade local e a distribuição temporal e espacial da diversidade no ambiente. Nos diferentes níveis hierárquicos estudados os maiores valores da diversidade beta ocorreram em uma escala espacial (entre as lagoas), demostrando a importância das lagoas de inundação na composição e estrutura das comunidades dos macroinvertebrados aquáticos.
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