Abordagens macroecológicas têm sido usadas com a finalidade de analisar correlações entre variáveis ecológicas em grupos taxonômicos extensos. Relações positivas entre tamanho corporal e tempo de existência das linhagens são observadas em vários grupos viventes e fósseis, dentre eles os pterossauros. O trabalho teve como objetivo analisar relações macroecológicas a partir de conjuntos de dados paleontológicos, associadas com a variação morfométrica de espécies de pterossauros com ampla distribuição temporal variando do Mesozóico ao Cretáceo, a fim de detectar o padrão apresentado pela Regra de Cope. Esta pode ser explicada pelo aumento corporal das linhagens ao longo do registro temporal no período geológico. Foram coletados dados morfológicos representados pela envegadura da asa, dados do tempo de existência, tempo médio e registro inicial no tempo geológico, para 80 espécies de pterossauros. Foi encontrada uma tendência de aumento do corpo entre as linhagens de pterossauros onde 44% da variação morfológica da asa puderam ser explicadas pelo registro inicial no tempo. Na família Ornithocheiridae também se observou uma correlação positiva das variáveis mostrando que 67% do aumento do tamanho da asa pode ser explicado pela variação média no tempo. Inferiu-se que houve uma correlação positiva para a Regra de Cope e uma vantagem seletiva para corpos maiores.
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