O Mal de Chagas é uma doença parasitária causada pelo protozoário, Tripanosoma cruzi. Na America Latina tem uma prevalência de 12 milhões de casos, sendo que 810.000 casos são registrados por ano, representando o 4º lugar entre as doenças com maior impacto social entre todas as doenças infecciosas e parasitarias. No Brasil, a sua prevalência é de oito milhões de infectados, no qual o Estado de Goiás apresenta os maiores índices. Dentro das vias de transmissão a transfusional é a segunda de maior importância epidemiológica. Este trabalho tem como objetivo avaliar o perfil epidemiológico dos portadores da Doença de Chagas, nos anos de 2005 a 2009, diagnosticados pelo Hemocentro da cidade de Inhumas - GO. A coleta dos dados foi realizada através de consulta as planilhas diárias de sorologia, de todos os candidatos a doadores de sangue do Hemocentro de Inhumas - GO no período de 2005 a 2009. O local estudado recebeu 8759 doadores de sangue no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2009. Destes, 8750 (99,89%) apresentaram reação sorológica negativa para o Tripanosoma cruzi; já 9 (0,11%) doadores foram considerados portadores do mal de chagas. Entre os positivos 8 pertenciam ao sexo masculino e apenas 1 ao sexo feminino. Todos os doadores positivos viviam na própria cidade e possuíam ocupações que requeriam baixo nível de instrução escolar, sendo estas: ajudante de carga e descarga, mestre de obras, lavrador, eletricista, vendedor, autônomo e mecânico, para os homens; já a doadora do sexo feminino apresentava-se como “do lar”. Os diagnósticos positivos foram todos detectados através da reação de ELISA. Quanto a soroprevalência da Doença de Chagas no Hemocentro de Inhumas, entre 2005 e 2008, foi de 2 infectados por ano e no ano de 2009 foi 1 infectado por ano. Os doadores apresentaram resultado positivo logo no primeiro contato com o hemocentro, por isso não houve retorno. Os dados analisados indicam que a frequência da Doença de Chagas declinou significativamente. Mostrando o sucesso das campanhas no combate do vetor e em uma maior fiscalização no controle das doações sanguíneas e de seus derivados. Entretanto o controle da doença no presente é de extrema importância para continuidade da manutenção da vigilância epidemiológica e para que os infectados tenham garantia de assistência médica. Ademais, futuramente há necessidade de trabalhos com a mesma vertente, para ampliar os conhecimentos sobre a doença e ainda servir de comparação para resultados já obtidos.
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