O controle biológico constitui uma das alternativas para o manejo de pragas que atendem à demanda mundial por alimentos mais saudáveis. Os fungos são um dos principais agentes de controle biológico, sendo que a eficiência dos micoinseticidas é influenciada por vários fatores bióticos e abióticos. Visando investigar comparativamente alguns dos fatores que interferem na qualidade e na eficiência de um bioinseticida à base de fungos entomopatogênicos, esse trabalho teve por objetivo estudar a influência da temperatura (21, 27 e 31ºC) e do pH (4,0; 5,8 e 8,5.) do meio de incubação, o teor inicial de água do conídio 0,96 e a temperatura de embebição (18, 25, 36, 40 e 60ºC) sobre a germinação conidial de oito diferentes isolados fúngicos de interesse no controle biológico (Metarhizium anisopliae (CG 45, 858 e 489), Beauveria bassiana (CG 725, 1105, 1027), Nomuraea riley (CG 131) e Isaria fumosorosea (CG 196)). Para determinação do percentual de germinação, 20µL de uma suspensão com 0,2mg de conídios/mL foi inoculado sobre a superfície de um bloco de meio BDA e incubado em BOD, com tempo e temperatura específicos para cada experimento. A cada amostragem 100 conídios/bloco foram verificados quanto ao percentual de conídios germinados. Os experimentos foram conduzidos em triplicata e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5%. As condições de incubação mais favoráveis para a maioria das linhagens estudadas foram 27ºC e pH 5,8 e de embebição foi 40ºC, contudo, foi possível verificar variabilidade dentro da mesma espécie. Além de influenciar a eficiência do fungo nas condições de campo, os parâmetros estudados podem também interferir na determinação da viabilidade conidial realizada in vitro, o que, dependendo das condições utilizadas nos testes pode não corresponder à realidade, subestimando a viabilidade do fungo, ou superestimar o seu desempenho em condições de campo adversas.
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