Ano2012
Curso:Ciências Biológicas
Título:Padrões biogeográficos de quirópteros no Brasil: um teste da regra de Bergmann
Autor:Melo, Denise Carneiro
Orientador:Vieira, Cleiber Marques
Assuntos:Quirópteros - Biográficos - Regra de Bergmann - Brasil; Morcego - Biográficos - Regra de Bergmann - Brasil
Resumo:
A biogeografia é o estudo da distribuição dos organismos no espaço e da dinâmica espacial da diversidade. O decréscimo na diversidade taxonômica dos trópicos em direção aos pólos é o padrão geográfico em ampla escala mais estudado. Vários trabalhos relatam a existência de variações de tamanhos corporais em espécies de mamíferos e aves, como proposta pela regra de Bergmann para animais endotérmicos. Apesar das variações térmicas no meio, seres homeotérmicos possuem a capacidade de manter a temperatura corporal dentro de um intervalo em equilíbrio térmico. Segundo a regra de Bergmann, quanto mais frio o clima, maior o tamanho do corpo de animais de sangue quente quando comparados com seus parentes filogeneticamente mais próximos de regiões de clima mais quente. Os Quirópteros representam o grupo de mamíferos mais diversificado em diversas regiões tropicais e mais versátil devido à diversidade de hábitos alimentares, formas e adaptações. São o grupo com maior sucesso colonizando quase todas as regiões continentais do planeta , exceto a Antarctica. No Brasil são conhecidas por enquanto nove famílias, sessenta e quatro gêneros e cento e sessenta e sete espécies de morcegos. Os dados analisados nesse trabalho sugerem que, assim como já foi detectado para outros grupos de animais vertebrados, a Regra de Bergmann não se ajusta com os padrões de distribuição biogeográfica dos micro-quirópteros sul-americanos, com distribuição no território brasileiro. Isto é, os morcegos brasileiros parecem apresentar uma fraca associação do tamanho corporal com a distribuição latitudinal quando a relação pode ser interpretada como um viés produzido pelos dados de comprimento total do corpo. Parece menos confiável associar o comprimento como estimador do tamanho já que ele tende a subestimar presença das asas. Assim, quando são utilizados dados de peso, que provavelmente refletem melhor as relações de volume e superfície pode-se perceber uma redução da significância da correlação entre tamanho e latitude, rejeitando a Regra de Bergmann. O objetivo deste trabalho foi avaliar os padrões biográficos associados à variação do tamanho do corpo em quirópteros distribuídos no território brasileiro, relacionando variáveis macroecológicas com padrões espaciais, especificamente, a relação entre tamanho do corpo e distribuição latitudinal da espécies.
Publicação:Autorizado
Arquivo:TCC DENISE cd .pdf


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