As avermectinas são substâncias derivadas de lactonas macrocíclicas, obtidas a partir da fermentação do fungo Streptomyces avermitilis, amplamente utilizadas no controle de endo e ectoparasitoses em animais e humanos, devido ao amplo espectro de ação antiparasitária, associado a dosagens únicas e extremamente baixas. No Brasil, o intenso uso de avermectinas está relacionado ao combate do carrapato Boophilus microplus, presente principalmente na bovinocultura de corte e leiteira. Destaca-se que, apesar da relativa baixa toxicidade das avermectinas, o uso em excesso destes antiparasitas pode ocasionar resistência dos parasitas, prejuízos ambientais, e complicações à saúde pública. Métodos analíticos que detectam as avermectinas em tecidos animais e alimentos são normalmente baseados em técnicas cromatográficas (cromatografia gasosa e cromatografia líquida de alta eficiência) acopladas a detectores de espectrometria de massas, UV-vis, fluorescência e arranjo de diodos. Entretanto, em muitos casos, as etapas de pré-análise para a utilização da cromatografia são onerosas, devido ao consumo excessivo de materiais e reagentes para a extração, clean up e pré-concentração das amostras. Desta forma, o desenvolvimento de metodologias que reduzam, ou até eliminem, as etapas de pré-análise cromatográfica é essencial para a obtenção de métodos mais rápidos, sensíveis, mais viáveis economicamente e que gerem menos resíduos. Nesta revisão bibliográfica constatou-se que a quantificação de avermectinas em alimentos se dá principalmente por cromatografia líquida de alta eficiência acoplada ao detector de fluorescência, e atualmente uma forte tendência para detectores que utilizem espectrometria de massas. Inúmeros são os procedimentos de extração e clean up das amostras, e a busca por metodologias que minimizem estas etapas de pré-análise é constante e profícua.
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