Ano | 2013 |
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Curso: | Química Licenciatura |
Título: | Potencialidades das cascas de Jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa) na adsorção de íons Pb(II) |
Autor: | Matos, Túlio Natalino de |
Orientador: | Araújo, Cleide Sandra Tavares |
Assuntos: | Água contaminada - Adsorção; Adsorção com Jatobá-do-cerrado; Íons - Adsorção - Jatobá-do-cerrado |
Resumo: | Devido ao crescimento populacional, o mundo vivencia o aumento da produção
industrial para atender a demanda do mercado, causando impactos ambientais, ao
lançar resíduos em seus efluentes, contendo em sua maioria contaminantes, como
íons metálicos, sendo prejudiciais ao ambiente e à biota. Técnicas convencionais de
tratamento de efluentes apresentam algumas limitações como inviabilidade técnica e
econômica. Neste contexto, metodologias envolvendo processos de biossorção
utilizando materiais naturais alternativos são desenvolvidas, pois oferecem várias
vantagens como alta eficiência, baixo custo e minimização de resíduos. Neste
trabalho cascas trituradas de jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa) foram
utilizadas para a remoção de íons Pb(II) em soluções sintéticas. Os frutos foram
coletados e as cascas separadas da polpa foram lavadas com água deionizada e
secas em estufa com circulação de ar. Para a otimização do sistema foi utilizado
Planejamento Fatorial 23
, no qual o tempo de contato (5 e 10 minutos), massa do
adsorvente (25 e 250 mg) e pH (2 e 9) foram avaliados. Verificou-se que a adsorção
do metal é fortemente dependente da massa do adsorvente, com remoção de
aproximadamente 90,48% de metal. A capacidade máxima de adsorção foi avaliada
através da construção de isoterma de adsorção nas condições: tempo de contato
(20 min.), pH (7,0), massa do adsorvente (50 mg) e soluções de concentrações
crescentes variando de 5 a 100 mg L-1
. O modelo matemático que melhor se adequa
às condições de estudo foi o de Langmüir com a capacidade máxima de 90,01 mg
de íons Pb(II) por g de adsorvente. Para os estudos cinéticos 50 mg do adsorvente
foram agitados com 25 ml de solução de íons Pb(II) 10 mg L-1
em frascos de
polietileno a temperatura ambiente e pH ajustado para 7. Intervalos de 0 a 300
minutos foram utilizados para agitação. Posteriormente o sobrenadante foi analisado
por FAAS e os dados tratados pelo software Origin 8, aplicando os modelos
matemáticos de pseudo-primeira ordem e pseudo-segunda ordem. Os resultados
representou-se para o modelo de pseudo-primeira ordem em relação a cinética de
pseudo-segunda ordem, podendo ser verificado pelo coeficiente de correlação que é
0,9601 e 0,0999 respectivamente. Com o intuito de evidenciar os principais grupos
funcionais realizou-se uma análise espectroscópica na região do Infravermelho. Os
resultados obtidos até o presente mostram a potencialidade deste material como
uma alternativa promissora para a remoção de íons Pb(II) em águas. |
Publicação: | Autorizado |
Arquivo: | TCC II - Túlio Matos 2.pdf |