Ano | 2014 |
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Curso: | Ciências Biológicas |
Título: | Estudo da § - glicosidase em solo nativo do cerrado goiano |
Autor: | Ribeiro, Juliana Vila Verde |
Orientador: | Purcena, Luiza Luanna Amorim |
Assuntos: | Biologia; Solo do cerrado - Enzima § - glicosidase - Análise |
Resumo: | Nas últimas décadas, houve um aumento do uso do solo em práticas agrícolas,
proporcionando mudanças nas características físicas, químicas e biológicas do solo. Visando
solucionar esses problemas, principalmente aumentando a qualidade de solos agrícolas,
cientistas vêm buscando alternativas biológicas, tais como a recomposição da biomassa e de
enzimas para aumentar a fertilidade do solo. A atividade das enzimas no solo está
correlacionada ao crescimento de plantas, à disponibilidade de nutrientes, além de serem
ótimas candidatas a bioindicadores, visto que são sensíveis às mudanças ambientais. As
enzimas desempenham um importante papel nesses processos através da catalise de inúmeras
reações que ocorrem no solo. Dentre as enzimas de solo destaca-se a β-glicosidase. Essa
enzima contribui para a mineralização da celulose catalisando a hidrólise limite desse
polissacarídeo e, portanto, é uma das mais importantes glicosidases do solo. Muitas das βglicosidases
em solos são hidrolases extracelulares originadas de fungos, principalmente do
Aspergillus níger que são encontrados em solos recobertos de folhas devido a maior taxa de
matéria orgânica. Neste sentido, a presente pesquisa objetivou analisar a atuação da βglicosidase
em solos nativos do Cerrado, a partir da interferência do pH e da temperatura na
atividade da enzima sob sua forma livre e imobilizada. Para tanto, foram coletadas amostras
de solo, em triplicatas, de terras nativas na cidade de Goiatuba- GO. A determinação da
atividade da β-glicosidase foi realizada segundo a metodologia descrita por Eivasi e Tabatabai
(1988), utilizando como substrato o p-Nitrofenil-β-D-glicopiranosídeo (0,5 mol L
). Para
determinar o pH ótimo da enzima, tanto para forma livre e imobilizada, foi utilizada a faixa de
pH de 2,0 à 10,0, usando os tampões glicina pH 2,0 acetato de sódio pH 3,6; 4,6; 5,5 e 6,0,
fosfato de sódio pH 7,0 e 8.0 e tris pH 9,0 e 10,0. Para determinar a temperatura ótima usouse
a faixa de 25ºC a 75°C, com estes mesmos valores de temperatura foi feito o teste da
estabilidade térmica. Segundo a literatura, o pH e a temperatura afetam a atividade
enzimática, desnaturando ou não a enzima. Os resultados obtidos para temperatura ótima para
a enzima imobilizada foi de 37 °C e o pH ótimo desta de 7,0. Enquanto que para a enzima
sob forma livre houve apenas variações de pH de 6,0 a 10,0, e a temperatura ótima 55ºC. E
verificou-se que cada enzima desenvolve uma resistência a uma determinada temperatura para
não ser desnaturada, essa resistência varia na faixa de 25ºC a 37ºC para ambas as formas da
enzima. Através do estudo da caracterização enzimática podemos contribuir para o
melhoramento do solo do Cerrado, tornando- o mais fértil para o manejo agrícola.
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