Ano | 2014 |
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Curso: | Ciências Biológicas |
Título: | Ocorrência de tubo caudal de glyptodonte (xenarthra, glyptodontoidea) no avervo da seção de geologia e paleontologia da Universidade Esdadual de Goiás, UnUCET, Anápolis |
Autor: | Costa, Joudan Calil de Amorim |
Orientador: | Paulo, Pedro Oliveira |
Assuntos: | Biologia; Cingulata - Glyptodonteide - Acervo - UnUCET, UEG; Pleistoceno - Acervo - UnUCET, UEG |
Resumo: | Constituindo o mais importante grupo de mamíferos do Cenozóico da América do Sul, onde
são amplamente representados no registro fóssil, os Xenarthra são atualmente representados
por apenas 31 espécies distribuídas em 21 espécies de tatus, 6 espécies de preguiças
arborícolas e 4 espécies de tamanduás. Esta pequena representação na fauna moderna
dificilmente expressa a riqueza de formas fósseis que habitou este continente durante todo o
Cenozóico. O nome do grupo decorre do fato de apresentarem articulações intervertebrais
acessórias extras na região dorso-lombar, denominadas xenartroses, característica que implica
o monofiletismo do grupo. As formas fósseis e viventes podem ser categorizadas em dois
importantes grupos, denominados Pilosa e Cingulata. Dentre os Pilosa fósseis, merecem
destaque as “Preguiças Terrícolas” do grupo dos Megatherioidea, animais geralmente de
grande porte corporal, alcançando massas estimadas de até seis toneladas e atingindo alturas
aproximadas de dois metros do dorso ao solo e quatro metros em postura ereta. Os cingulata
podem ser tradicionalmente divididos em tatus, incluindo formas fósseis como os
pampatérios, com carapaças móveis e os extintos glyptodontes, portadores de pesadas
carapaças rígidas e imóveis. O Projeto de Catalogação do Acervo Geológico e Paleontológico
e Implementação de Coleção Didática de Geologia e Paleontologia, realizado na Universidade
Estadual de Goiás (UEG), Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas
(UnUCET), permitiu, entre outras informações, o reconhecimento de um tubo caudal de
glyptodonte, que apresenta as características típicas do grupo, classificado primeiramente
como espécie Parapanochthus jaguaribensis (Xenarthra, Glyptodontoidea). Onde esse gênero
é uma sinonimiza de Panochthus. A peça correspondente ao tubo caudal, exibindo
osteodermos ornados com figuras que auxiliam na diagnose dos representantes deste grupo,
apresenta-se apenas parcialmente preservada, compreendendo a porção proximal de pequenas
dimensões, comprimindo-se dorsi-ventralmente em sua extremidade distal, sendo sua parte
proximal de formato cilíndrico/subcilíndrico. A disposição e característica das figuras laterais
e ventrais do respectivo tubo indicam pertencer ao gênero Panochthus, exemplar bastante
raro, típico da Região Intertropical Brasileira, especialmente do Pleistoceno Final da Região
Nordeste do Brasil. Embora análises mais pormenorizadas, acompanhadas de comparações
com exemplares de outras coleções e consultas à literatura sejam ainda necessárias para a
completa identificação do exemplar, até presente momento os dados apontam para a
ocorrência de Panochthus jaguaribensis no acervo de Paleontologia da UEG, UnUCET,
Anápolis. Esta contribuição visa primordialmente reportar e confirmar a presença desta rara
espécie no acervo de Paleontologia da UnUCET, Anápolis, permitindo aos pesquisadores
deste importante grupo de mamíferos do Pleistoceno brasileiro uma fonte de informações que
os auxilie na compreensão da história evolutiva deste táxon e na solução de questões de
ordem filogenética dentro de Glyptodontoidea e suas relações com outros taxa. |
Publicação: | Autorizado |
Arquivo: | Jourdan Calil TCC Corrigido.pdf |