Ano2011
Programa:Mestrado em Engenharia Agrícola
Título:Alteração Química no Solo Irrigado por Gotejamento e Microaspersão com Água Residuária no Cultivo da Bananeira
Autor:Rodrigo de Rezende Borges Rosa
Orientador:Delvio Sandri
Resumo:
O reúso da água pra fins não-potáveis tem sido impulsionado em todo o mundo em razão da crescente dificuldade de atendimento a uma demanda cada vez maior de água para o abastecimento público. Na agricultura, o uso de água residuária vem se apresentando como uma alternativa para redução de impactos ambientais, gerando benefícios econômicos e aumento da produtividade das culturas. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito sobre o sistema de irrigação e propriedades químicas do solo pela aplicação de efluente tratado de esgoto doméstico, de água de poço semi-artesiano e fertirrigação convencional, aplicadas por gotejamento superficial e microaspersão na irrigação da cultura de Banana (musa spp. (AAA)) cv. Grande Naine. O experimento foi conduzido entre os meses de outubro de 2009 a novembro de 2010, na Universidade Estadual de Goiás ? UEG, situada no município de Anápolis-GO. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, em esquema fatorial de 3 x 2, com 4 repetições, sendo os tratamentos constituídos pela combinação entre a três qualidade da água (Ap: água de poço semi-artesiano, Ar: água Residuária, Af: fertirrigação) e dois tipos de irrigação (Ig: irrigação por gotejamento superficial, Im: irrigação por microaspersão). Foram avaliados a qualidade física e química da água Residuária e da água do poço, a uniformidade de distribuição de água pelos sistemas de irrigação e as características químicas no perfil do solo nas camadas de 0,00-0,20m e 0,20-0,40m no início e no final do experimento. Os resultados obtidos mostram que a qualidade da água Residuária apresentou restrições para uso na irrigação referentes à dureza, ferro e manganês, com valores médios de 435 mg.L-1, 1,79 mg.L-1 e 1,34 mg.L-1, respectivamente, considerados de médio e alto risco para o entupimento de gotejadores. Porém, após o período de 140,85h de funcionamento do sistema de irrigação por gotejamento e 82,20h de funcionamento do sistema de microaspersão, não observou-se obstrução dos emissores e microaspersores, apresentado resultados de excelente à boa uniformidade de distribuição pelo sistema. Houve redução no CUD em relação ao início do cultivo de 13,67% e 1,93% no gotejamento e na microaspersão, respectivamente. A avaliação da CE e RAS da água Residuária demonstrou risco moderado e severo, respectivamente, de salinização do solo, podendo causar em médio prazo redução na taxa de infiltração do solo. Com relação aos parâmetros analisados no solo, o pH foi um fator limitante no desenvolvimento da cultura, permanecendo abaixo do indicado para o cultivo da bananeira, chegando a apresentar um pH 3,93 no tratamento AfIm, sendo muito ácido para a cultura. Os teores de cálcio, enxofre, fósforo, magnésio e zinco apresentaram incrementos em relação aos valores iniciais tanto no perfil de 0,00-0,20m quanto no 0,20-0,40m. Destacando-se o fósforo que teve um aumento de 2775% no tratamento ApIm na camada de 0,20-0 40m. Mesmo com esse nutrientes apresentando acréscimos, ainda se encontram abaixo dos índices indicados para o cultivo da bananeira. Já os valores de cobre, manganês e sódio, em geral, apresentaram redução dos teores no solo em relação aos iniciais, provavelmente devido a absorção pelas plantas. Os resultados mostram que a utilização do efluente tratado de esgoto doméstico pode ser uma alternativa viável para a irrigação da bananeira utilizando tanto o gotejamento superficial quanto por microaspersão.
Arquivo:DISSERTAA‡AƒO_RODRIGO.pdf


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